Mudanças na história
A engenharia surge com o alvorecer da humanidade, da necessidade de se abrigar do frio e de fazer o fogo, de aprender a cultivar a terra e de criar animais para o pastoreio, o corte e a ordenha. Todo engenho específico criado pela mente humana visando facilitar o manuseio da natureza em proveito da sociedade é uma atividade de engenharia.
É claro, sua aplicação não é só científica ou prática, mas também social e econômica: com o tempo desenvolveu-se em sofisticada cadeia de produção que não somente executa, mas cria, desenha, constrói, mantém e melhora todos os tipos de estruturas e engenhos humanos: máquinas, aparelhos, sistemas, materiais e processos. Tudo focado no objetivo de otimizar os resultados buscados pelo homem na sociedade moderna para o progresso político e o incremento de uma melhor qualidade de vida para todos.
A engenharia industrial surge, é claro, com a revolução do mesmo nome, na Inglaterra vitoriana. O mundo, a partir dali, jamais seria o mesmo. O acúmulo da produção, dos bens de capital, o aumento da taxa de mais valia passaria, dali em diante, a modificar a densidade demográfica das cidades, que passariam a albergar mais de oitenta porcento da população mundial, esvaziando o campo. Deslocaria as cadeias de produção para os grandes centros, colocando o trabalho rural à serviço das indústrias, criando novas classes sociais (os proletários) em detrimento da pequena burguesia. Modificaria a política mundial dando mais vez e voz ás classes trabalhadoras, desta vez mais aglomeradas, mais educadas, com acesso a informação.
Enfim, a revolução industrial tornou o mundo diferente – e tudo começou com uma máquina de tear. E a engenharia muitos séculos antes disso, com a alavanca de Arquimedes: “dê-me uma alavanca e eu moverei o mundo!” – quem não se lembra disso?
“Dê-me uma alavanca e eu moverei o mundo!”
Arquimedes de Siracusa
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